O uso de roupas ecológicas e a customização podem contribuir para o bem do planeta
Nunca se ouviu falar tanto em sustentabilidade como no século 21. É o assunto do momento. Todos os segmentos e indústrias que ainda não adotaram uma atitude sustentável estão atrasados e precisam se atualizar. O estilo de vida ecologicamente correto já tem mercado para o consumidor de produtos alimentícios e de beleza. Agora quem está “vestindo a camisa”, literalmente, é o universo da moda.
As roupas ecológicas são feitas de matéria prima renovável ou reciclável: fios de garrafas pet e resíduos; e tecidos orgânicos: fibras naturais, algodão orgânico, látex natural, couro vegetal e etc. Aqui no Brasil o universo da moda está começando a engatinhar nesta onda de sustentabilidade, mas lá fora isso não é mais novidade. Na Europa e nos Estados Unidos já existem marcas de sapato, bolsas e lojas inteiras especializadas em peças ecologicamente corretas.
Segundo o coordenador do curso superior de Tecnologia em Design de Moda do CES, Marcelo Mostaro(foto), dizer que esta é a última tendência da moda é uma inverdade. “Essa é uma tendência mundial e todo mundo vai ter que se adequar”, assinala. Ele ainda fala sobre customização: uma outra maneira de contribuir para diminuir os impactos ambientais. Você pode pegar uma roupa que você não usa mais ou de brechó, que seja atemporal, e aplicar renda, bordar, mudar a modelagem e assim estar com uma roupa nova e com o seu estilo próprio, explica Mostaro. Essa segunda maneira, de acordo com Marcelo Mostaro, é a mais viável. Isso porque usar roupas ecológicas tem um custo maior. “Customizando você gasta menos e de qualquer forma você estará agindo de forma sustentável. Afinal, um dos três erres da sustentabilidade é o da reutilização. Os outros dois são: reduzir e reciclar”. Juiz de Fora possui dois exemplos de lojas que nitidamente apostam em moda sustentável.
Moda sustentável em Juiz de Fora
A Mr. Fly produz camisetas de malha a partir dos fios de garrafas pet. A idéia surgiu quando Anna Lopes, diretora geral da empresa estava no fim da sua graduação em Administração de Empresas. “Queria fazer algo para a preservação do meio ambiente e para sociedade como um todo”. Ela conta que se inspirou em outras empresas que vendem camisa pela internet e juntou sustentabilidade, internet e o ponto positivo da utilização das camisas. Com relação à procura pelo produto, diz: “Sinto que algumas pessoas possuem preconceito com material reciclado, mas quando mostramos a malha, o cliente vê que tem a mesma qualidade e quebra esse paradigma”. Já a artista plástica, Gabi Gonçalves, conhecida pelos mais íntimos como Maria Buzina, nome da sua marca, trabalha com a customização e reutilização, para a confecção de acessórios. O material utilizado para a confecção é a lona de caminhão.
Carteira Maria Buzina |
Parece estranho pensar no que poderia ser feito com a lona velha de um caminhão, não é? Usando a criatividade e o talento, ela produz bolsas e até capa para step de carro. As bolsas são decoradas e pintadas, com um toque bem feminino, assim como os outros acessórios A proposta era aparentemente simples: desenvolver bolsas e acessórios exclusivos, num processo essencialmente orgânico, utilizando uma matéria prima pouco convencional. E deu certo, pois, hoje a Maria Buzina é conhecida fora do Brasil pelo seu trabalho.
Puff feito em trabalho de Patchwork |
Seguindo também esta onda, a técnica de Patchwork vem ganhando espaço no guarda roupa e até na decoração de casas. O trabalho é feito de retalhos de roupas que são cortados e emendados combinando diversos tipos de tecido. Existe confecção depatchwork para artesanato, roupas, bolsas, e vem sendo aplicada também na decoração de interiores. Em casa você pode aplicar em tapetes, cortinas, revestimentos de sofá e muito mais.
Bem, agora você já ficou sabendo de outras maneiras de ajudar o planeta e ao mesmo tempo estar sempre in fashion.
Mochila Maria Buzina |